A Associação de Oficiais da Polícia e Bombeiro Militares (ASOF), por meio de sua diretoria, vem a público manifestar apoio ao Oficial da Polícia Militar do Estado de Rondônia, CAP PM J FRANÇA, que a princípio, foi vítima de crime militar previsto em Lei.
Narra o Boletim de Ocorrência, lavrado na Corregedoria da Polícia Militar, que o referido oficial, quando em deslocamento para o 5º Batalhão de Polícia Militar, deparou-se com um acidente de trânsito, realizando todos os atos de apoio e socorro aos envolvidos, colocando, inclusive, seu veículo particular em posição a conter o trânsito e chamando, via CIOP, uma ambulância e a guarnição da Companhia de Trânsito para registro do fato.
Após a chegada da guarnição policial, o Comandante, CB PM DARCIO, aproximou-se do CAP PM J FRANÇA e este estendeu a mão dizendo bom dia. Ato contínuo o cabo cumprimentou com o aperto de mão, mas nada disse.
Dando prosseguimento ao diálogo o Capitão tentou informar os procedimentos que ali tomou, contudo, antes de conseguir concluir uma única frase, viu que o cabo virou-lhe as costas e caminhou em direção aos envolvidos na ocorrência.
Que o CAP PM J FRANÇA tentou novamente um diálogo com o comandante da guarnição para lhe informar dos fatos que presenciou e das providências até ali tomadas, contudo, foi ignorado e ainda teria ouvido a frase “se não gostou coloca no papel”, trazendo um imenso constrangimento para o oficial e os envolvidos no acidente.
Então o oficial, pensando na vítima e pessoas presentes na ocorrência, decidiu por deixar o local dos fatos, aguardar o término do registro do BOAT pela guarnição e continuar seu deslocamento ao Batalhão.
Ao chegar na OPM manteve contato com seu Comandante e informou os fatos. Ato contínuo ligou para a Corregedoria, que também foi informada sobre o ocorrido, sendo orientado a se apresentar nesta última unidade, assim como a guarnição da Companhia de Trânsito.
Ao chegarem na Corregedoria, o CAP PM J FRANÇA explicou para o CB PM DARCIO o motivo pelo qual estava recebendo voz de prisão, assim como para todos os presentes no local.
Após algumas horas, um vídeo parcial foi produzido pelo então Deputado Jesuíno, narrando a versão que acredita ter entendido, causando desinteligência sobre os fatos dentro da tropa e arranhando ainda mais a imagem da Corporação, ao expô-lo via Facebook.
Sabemos que a ocorrência policial deve ter prioridade sobre certos caprichos, mas entendemos que o CAP PM J FRANÇA, naquele momento, não estava presente apenas como Oficial, e sim, como policial militar disposto a servir a sociedade, quando decidiu utilizar seu próprio veículo para balizar o trânsito e sozinho gerenciar toda a ocorrência, devendo ter sido tratado com o mínimo de respeito.
Estamos certos que a verdadeira história virá à tona e a Corregedoria da Polícia Militar tomará as providências que o caso requer, devendo ser instaurado o devido Inquérito Policial Militar para apurar os fatos.
Isso posto, a ASOF se solidariza com o Oficial colocando-se à disposição para juntos atuar na defesa da Legislação Castrense e nas bases Institucionais da hierarquia e disciplina.